domingo, 12 de janeiro de 2014

Raça

Lá vem a força, lá vem a magia
Que me incendeia o corpo de alegria
Lá vem a santa maldita euforia
Que me alucina, me joga e me rodopia

Lá vem o canto, o berro de fera
Lá vem a voz de qualquer primavera
Lá vem a unha rasgando a garganta
A fome, a fúria, o sangue que já se levanta

 De onde vem essa coisa tão minha
Que me aquece e me faz carinho?
De onde vem essa coisa tão crua
Que me acorda e me põe no meio da rua?

É um lamento, um canto mais puro
Que me ilumina a casa escura
É minha força, é nossa energia
Que vem de longe prá nos fazer companhia

É Clementina cantando bonito
As aventuras do seu povo aflito
É Seu Francisco, boné e cachimbo
Me ensinando que a luta é mesmo comigo

Todas Marias, Maria Dominga
Atraca Vilma e Tia Hercília
É Monsueto e é Grande Otelo
Atraca, atraca que o Naná vem chegando


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ainda sobre o início do ano

Afinal estamos ainda no dia 3 de janeiro! Escrevi isso no dia 30 de janeiro de 2013 no meu Facebook. Esse texto, embora meio difuso, diz muito sobre o que pensei do ano passado e sobre o que quero no futuro.

Adoro uma filosofia barata, então vamos falar sobre este 2013 que está chegando ao fim.

Foi um ano que mesmo ruim, foi bom. Foi legal perceber isso, entender na verdade que a vida é dura também porque a gente faz muita merda. 

Estranho perceber como a cabeça da gente muda, né? Não sei o quanto a de vocês mudou, mas sabe, eu ando comendo granola, macarrão integral, fruta... A percepção de mim mesma virou deu uma volta de 360º.

Foi o ano em que os versos "I don't care if we don't sleep at all tonight, Let's just fix this whole thing now", do hit velho de John Mayer fizeram sentido. Em 2014, espero que o tal "vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada" do Milton , passe a faca nas más energias e nos medos.

Não vou listar algumas coisas importantes que aconteceram, elas me escaparam nas lágrimas. Deixo essa foto e essa música:

http://www.youtube.com/watch?v=q7yCLn-O-Y0


~beijos~



Isto estava colado na porta do banheiro da minha faculdade. Fonte: meu instagram, @mmarinex

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

pq esse blog?

Eu criei esse blog pra cuidar de mim, ok*?

Sabe quando as crianças tinham tamagochi e ficavam fissuradas? Esse blog é meu Pou, algo que eu preciso cuidar e me preocupar. É a materialização digital de responsabilidade que preciso ter comigo mesma.

Então, vamos falar um pouco sobre mim. Analise a minha descrição atual no Blogger:

HAHAHAHA
Dá pra perceber que a confiança na minha pessoa é IMENSA. Eu tenho a mesma descrição desde 2009 (na verdade, o design entrou depois, já vonto), quando comecei o Caretavc. Engraçado que a frase ELEMENTAR DA HUMANIDADE "quem planta vento, colhe tempestade" se aplica direitinho a essas descrições. O que eu quero dizer é que plantei tanta negatividade que fiquei parada nessa impossibilidade de ser alguma coisa. Acompanhe.

Desde 2006 mais ou menos eu comecei a escrever poemas. Claro que tiveram momentos antes, eu sempre fui dessas de escrever e ler com certa frequência, mas neste ano eu comprei o primeiro caderno dedicado aos meus escritos.

Sabe o que fiz com eles? Passa o mouse em cima, pois não tenho coragem de deixar isso visível ao mundo:
<besteira> eu rasguei tudo </besteira>

Mas ok. Desde 2006 eu escrevo alguma coisa e nos anos do Caretavc, eu produzi legal, mas não visando uma profissionalização ou algo do tipo. No blog, eu me mostrava e eu gosto de algumas coisas que escrevi. Mas eu não me considero poeta, acho que a coisa de trabalhar com a palavra é muito incipiente na minha escrita. 

Vamos lá, "cineasta hipotética" vem da minha descrença em me tornar uma cinesta decente. Desde 2007 eu estudo audiovisual e passei por muita coisa bacana de lá pra cá. Entretanto, eu fiz muita bobagem, me deixando levar pela ideia de... Olha, só sei que embolei no meio de campo e não sou nem um terço do que um dia imaginei ser. Sou cineasta hipotética, porque no fundo acho que não quero mesmo a vida que imaginei antes. Eu aprendi a amar o audiovisual de outra maneira e espero realizar essa vontade (até faço, na verdade...).

Sobre o design, é aquela coisa, você aprende a mexer no Illustrator e inventa qualquer coisa pra ganhar uma grana. Mais canastrice, impossível.

* Essa sou eu, na definição mais "não leve a vida tão a sério".

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

primeiro post de nossas vidas

Dois mil e catorze começou com tudo que não gosto. Meus fantasmas me jogaram no chão, nas lágrimas e no medo de perder quem mais amo. E medo de me tornar uma pessoal menos amável e mais desprezível, principalmente para mim.

Eu me entreguei a esse estado pois foi terrível ter magoado meu amor (aquele interno e o que você materializa). Além disso, lembrei do Carnaval em que descobri coisas novas, mesmo trancada e morrendo de calor dentro no meu quarto. Meu quarto é ao mesmo tempo reconfortante e opressor.

Pensei em talvez descobri algo novo dessa vez. Mas acho que percebi que minha vida não cabe mais no meu quatro, principalmente no verão.

Comecei a minha liberdade conversando minha grande amiga. Até ter coragem de falar com amor de novo. Não tenho nem palavras pra te agradecer. Espero te amar sempre mais para que você saiba que estarei sempre ao eu lado.

Apareceram outros fantasmas. Muitas outras almas penadas, todas personificando meus problemas em 2014: má alimentação, mal sono, falta de coragem, falta de dinheiro e falta de confiança. Esses são os principais. Espero mudar de problemas em 2014.

Que o problema seja busca por mais e não a necessidade de conquistar essas coisas todas.

Tudo que eu desejo para mim em 2014 é me perdoar.

O que eu realmente desejo para vocês é muito pudim! Fonte: meu instagram @mmarinex